A Arquidiocese de São Paulo arquivou uma investigação aberta em fevereiro para apurar denúncias de abuso sexual de menores envolvendo o Padre Júlio Lancellotti. O procedimento foi encerrado nesta semana por não ser possível “confirmar a verossimilhança” das acusações, segundo a instância da Igreja Católica.
Por meio de um comunicado enviado a CartaCapital, a entidade afirmou ter ouvido todas as pessoas que alegaram, via imprensa, terem sido vítimas dos supostos abusos. Além disso, criou uma Comissão de Investigação Prévia para aprofundar as denúncias.
“No final da investigação, não foi possível confirmar a verossimilhança das denúncias apresentadas e, portanto, conforme prevê o Direito Canônico, a investigação foi arquivada pela Cúria Metropolitana no início de novembro de 2024”, acrescentou a Arquidiocese. O Padre Júlio ainda não comentou o fim do procedimento.
Trata-se da segunda apuração arquivada contra o religioso. Em 2020, ele foi alvo de uma investigação interna após a divulgação de um vídeo sem autenticidade comprovada e de teor sexual que supostamente o envolvia. A investigação foi finalizada por falta de materialidade.
O pároco também foi alvo de um pedido de abertura de CPI na Câmara Municipal de São Paulo. A iniciativa, liderada por Rubinho Nunes (União), segue emperrada. Inicialmente, o vereador sustentou que o objetivo do colegiado era investigar a conduta de ONGs que funcionam na região da Cracolândia. Depois, mudou o escopo para mirar diretamente o Padre Júlio.