O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) pediu nesta quinta-feira 7 à militância de esquerda uma “leitura sincera, franca e humilde” após as derrotas do campo progressista nas eleições municipais. Em São Paulo, ele perdeu no segundo turno para o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Em seu primeiro evento pós-eleição, Boulos afirmou também ser o momento de unir forças e reorganizar a esquerda “para reverter esse cenário e para reeleger o presidente Lula em 2026″.
“Reeleger Lula é o caminho para impor uma derrota à extrema-direita”, resumiu. “Quem pode nos livrar da extrema-direita, seja ela a extrema-direita raiz e virulenta ou a extrema-direita que come de garfo e faca mas é violenta igual, é o presidente Lula, e temos de estar de fileiras cerradas.”
A agenda ocorreu no Sindicato dos Bancários, no centro da capital paulista.
Segundo o deputado, forças econômicas, políticas e midiáticas se juntaram contra sua candidatura. Boulos acrescentou, porém, que a ofensiva da extrema-direita não é um fenômeno exclusivamente brasileiro, momento em que alfinetou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Todo mundo viu o que aconteceu nos Estados Unidos ontem: animou uma turma a dizer que o inelegível tem que se tornar elegível para ser candidato. Eles vão ter que passar por cima da gente, porque não vai ser”, provocou. Também declarou que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deve “botar a viola no saco porque não será presidente da República em 2026”.
Boulos pediu, ainda, que a esquerda faça o que chamou de lição de casa: “disputar ideias e valores palmo a palmo nas periferias”.
Entre outros, estiveram no evento os deputados federais paulistas Orlando Silva (PCdoB), Erika Hilton (PSOL) e Rui Falcão (PT).