O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comemorou, nesta quarta-feira 6, a vitória de Donald Trump na corrida eleitoral nos Estados Unidos. O republicano venceu Kamala Harris após conquistar 277 delegados contra 224 da democrata.
Em uma longa postagem nas redes sociais – feita em inglês e em português –, Bolsonaro saudou a vitória de seu “amigo” e antigo aliado. Ele sugeriu que o triunfo da extrema-direita norte-americana servirá de inspiração para o Brasil nos próximos anos.
“Que a vitória de Trump inspire o Brasil a seguir o mesmo caminho. Que nossos compatriotas vejam neste exemplo a força para jamais se dobrarem, para erguerem-se com honra, seguindo o exemplo daqueles que nunca se deixam vencer pelas adversidades”, escreveu o ex-presidente brasileiro.
Bolsonaro classificou a eleição de Trump como uma vitória “contra tudo e contra todos”, após enfrentar um “processo eleitoral brutal em 2020” e o que chamou de uma “injustificável perseguição judicial”. O ex-capitão também ressaltou a importância da vitória republicana para a direita mundial.
“Este triunfo é histórico, um marco que reacende a chama da liberdade, da soberania e da autêntica democracia. Esta vitória encontrará eco em todos os cantos do mundo, impulsionando não apenas os Estados Unidos, mas também o fortalecimento da direita e dos conservadores em muitos outros países”, afirmou.
Esperançoso para 2026
Apesar de inelegível até 2030, após duas condenações pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro anotou ter esperança de repetir o feito de Trump e ser eleito no Brasil em 2026. Assim como o republicano, o brasileiro não conseguiu se reeleger após passar quatro anos no cargo.
Bolsonaro tem sustentado que será o candidato da extrema-direita no próximo pleito. Não está claro, porém, como o ex-capitão pretende se livrar das suas condenações. A principal aposta, sabe-se, é a PEC da Anistia, mas, um acordo que envolve a sucessão dos presidentes do Senado e da Câmara barrou a tramitação do projeto, que voltou à estaca zero por ordem de Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara.
A ida do PT ao bloco que deve apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB) na Câmara e Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado também contribuiu para o esfriamento do projeto. O partido teria exigido a interrupção da tramitação do texto para aderir à candidatura dos aliados de Lira e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).